Como abordar o funcionamento da mente humana com crianças?

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Cinco emoções e muita diversão!

Como abordar o funcionamento da mente humana com crianças?

Cinco emoções e muita diversão!

Cinco emoções e muita diversão!

A Pixar tirou de letra em seu novo longa Divertidamente (Inside out) onde, de dentro da cabeça de uma garotinha que está passando por mudanças significativas em sua vida, as emoções respondem às experiências por meio de impulsos nervosos de intensidade variadas acionados por criaturinhas graciosas que representam respectivamente alegria, tristeza, medo, raiva e nojo.


De acordo com estudos, as emoções básicas são padrões de comportamento inatos. No entanto a forma de expressá-las é aprendida e está diretamente relacionada a aspectos cognitivos e ao ambiente no qual o indivíduo está inserido, moldando nossa personalidade.


Sob o ponto de vista da Neurociência sua função é orientar o comportamento humano e auxiliar na sobrevivência e autopreservação e, é exatamente isso que o filme retrata.

O cérebro humano é feito para reconhecer uma ameaça ou uma recompensa e, quando o faz, mensagens químicas são liberadas para o nosso corpo, o que resulta no sentimento de alguma emoção.


Controladas pelo sistema límbico de nosso cérebro as emoções interagem com nossas motivações, memórias, sensações, comportamento e aprendizagem.


No longa, quem manda no pedaço é a Alegria, que se esforça motivando a vida de Riley para que ela seja sempre feliz. No entanto, frente a um ‘acidente’ de percurso na sala de controle, Alegria e Tristeza se perdem nas memórias da menina e precisam descobrir um jeito de retornar ao seu local de trabalho.


Como abordar o funcionamento da mente humana com crianças?


Desde o pequeno controle com dois botões da Riley bebê até a impagável cena em que a garota entra na pré-adolescência e tem seu painel ampliando, complementado pelo botão puberdade (uma espécie de alarme) que pode ser acionado pelas emoções a qualquer momento, o longa mostra como amadurecemos nosso controle emocional à medida que nossas funções executivas se desenvolvem.


O comportamento da família alegre e a forma positiva de lidar com algumas situações adversas mostradas no filme, reforçam a relação entre humor e a hereditariedade discutidas em estudos sobre o tema.


O momento em que a Alegria e Tristeza se perdem e todo o controle fica sob o comando do Medo, da Raiva e Nojo,
retrata como estas emoções são intensificadas em situações de estresse e ao mesmo tempo a apatia e desequilíbrio tipos da depressão.

Nosso complexo sistema de memória, suas associações, armazenamento de informações e sua consolidação durante o sono são explicados de forma lúdica e muito didática deixando claro porque esquecemos o que não é acessado.

A importância da infância na construção dos valores são demonstrados através das “ilhas da personalidade” e como eles interferem nas reações emocionais.


Ponto alto para a abordagem sobre a tristeza. O filme mostra com sutileza como a insatisfação nos estimula na busca por conforto, seu papel no processo de adaptação e consequentemente sua relação com a valorização da alegria.


Em suma o filme deixa claro importância de compreender as emoções para interagir com o mundo.

As reações de  alegria, tristeza, medo, raiva e nojo.

As reações de alegria, tristeza, medo, raiva e nojo.

E você, que já assistiu ao filme? Se não corra já para o cinema!


Ficou com gostinho de quero mais? Vale conferir um pouco mais sobre o assunto nas obras a seguir:

  • A LINGUAGEM DAS EMOÇÕES – Autor: EKMAN, PAUL – Editora: LEYA BRASIL
  • O ERRO DE DESCARTES – Autor: DAMASIO, ANTONIO R. – Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
  • INTELIGENCIA EMOCIONAL – Autor: GOLEMAN, DANIEL – Editora: OBJETIVA

Autora do Post:

 Luciana Oliveira de AngelisLuciana Oliveira de Angelis – Docente e Coordenadora de Cursos no SENAC Santo André.

Luciana Angelis – luangelis@gmail.com



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Posted in Educação.