O que você faz para proteger nossas crianças?
É preciso um grande pacto pela educação. Esta frase é dita e repetida diversas vezes.
Mas o que estamos realmente fazendo?
A criança deveria ser tratada como o maior investimento a ser feito no país.
É impossível falar em um futuro sem violência, com mais oportunidades, pessoas capazes de exercer sua cidadania e agentes éticos sem que toda sociedade se envolva na causa “educação”.
A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente asseguram a proteção à infância. No entanto não é o que vemos. Neste Dia Mundial do Combate ao Trabalho Infantil a OIT divulga a triste estatística:
Mais de 168 milhões de crianças no mundo entre 05 e 14 anos estão trabalhando.
Trazendo esta realidade para o Brasil, um país que carrega as marcas da corrupção percebemos que muito não é feito por falta de vontade política, de recursos financeiros (que não chega a seu destino adequadamente), pela triste desvalorização do professor e por um certo comodismo de todos nós com um sistema considerado “falido”.
O que o Governo Promete fazer?
De acordo com a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, os eixos temáticos para prevenção do trabalho infantil são:
- Priorização da prevenção e erradicação do trabalho infantil e proteção ao adolescente trabalhador nas agendas políticas e sociais;
- Promoção de ações de comunicação e mobilização social;
- Criação, aperfeiçoamento e implementação de mecanismos de prevenção e erradicação do trabalho infantil e proteção ao adolescente trabalhador, com destaque para as piores formas;
- Promoção e fortalecimento da família na perspectiva de sua emancipação e inclusão social;
- Garanti a de educação pública de qualidade para todas as crianças e os adolescentes;
- Proteção da saúde de crianças e adolescentes contra a exposição aos riscos do trabalho;
A pergunta que fica é: “Será que vão fazer mesmo”?
O Desabafo de uma Mãe e Educadora
Eu, Andréa Angelis, Mãe, Diretora Educacional e Voluntariada, desabafo:
Se tem algo que aprendi nestes anos de educação e também de voluntariado onde tenho a oportunidade de trabalhar em um grupo envolvido com educação e cultura com crianças em situações de alta vulnerabilidade é que criança gosta sim de aprender e que a escola é, ao lado da família, o meio social mais forte na infância.
Aprendo e sinto a cada dia que a relação entre professor e aluno é um território rico em vivência, troca e construção de bons ensinamentos e boas memórias, tal qual a convivência familiar. Então, se escola e família são as bases da formação de um indivíduo, o que fazer com aqueles onde não encontram estrutura mínima familiar tampouco escolar?
O que esperaremos deles no futuro? O que faremos com eles no futuro?
Certamente eles já estão incomodando você nos faróis da cidade ou nas praças públicas em abordagens inadequadas e desconcertantes.
Assim, aproveito esta data para pedir a você que está do outro lado da tela que ajude a proteger a infância.
Começando pela infância das crianças à sua volta (seu filho, sobrinho, neto, aluno, enfim, aqueles que o cercam). Mas isso não é só. Passe a se dedicar a preservar a infância de crianças até então desconhecidas. Envolva-se em uma causa. Procure alguém que esteja fazendo algo e contribua de alguma forma (com seu tempo ou recursos financeiros, não importa).
Andréa Angelis – Diretora Educacional EnsinoIP
Por fim, é possível que você esteja pensando que já paga seus impostos e por isso não precisa mais agir.
Pois é, não está sendo suficiente. Precisamos extrapolar nosso conceito de cidadania e ir além.
Vamos além! Denuncie. Envolva-se.
Proteja a infância e firme um verdadeiro compromisso com as gerações futuras.
Autora do Post:
Andréa Angelis – Mãe e Diretora Educacional da EnsinoIP. Fundadora da empresa há mais de 16 anos.
Andrea Angelis – andrea@ensinoip.com.br
Fontes: Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil http://goo.gl/O7AN00
EBC – OIT alerta que 168 milhões de crianças realizam trabalho infantil no mundo – Trabalho Infantil