O que Era Mesmo ser Criança?

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Em um mundo onde crianças são adultos e adultos transferem suas frustrações para as crianças, é melhor repensarmos em nossas ações.

Assista a este vídeo e posteriormente leia o artigo:


De acordo com o dicionário Priberan – criança significa:

  1. Menino ou menina no período da infância.
  2. Pessoa que só pensa em diversão, pouco séria, de pouco juízo.

Ainda de acordo com o dicionário Priberan – adulto significa:

  1. Que já atingiu todo o desenvolvimento.

Parece que temos um problema de interpretação por parte dos pais hoje em dia.


Vemos cada vez mais crianças forçadas a serem adultos e pais se esquecendo de como é bom viver como uma eterna criança.


Não somos contra a geração totalmente conectada e que carrega parte da vida – quando não a vida toda – apenas na palma da mão, ou melhor, no smartphone.


Queremos sim que cada vez mais a tecnologia venha a fortalecer conhecimentos, facilitar a vida e o relacionamento entre pessoas. O problema acontece quando a vida online substitui a vida offline.


Se você assistiu ao vídeo no início do post, pôde perceber que o melhor a ser compartilhado nas redes sociais são momentos vivenciados no offline da vida. Momentos em que pessoas interagem com pessoas, e não apenas com telas.

O que Era Mesmo ser Criança?

O que Era Mesmo ser Criança?

Não podemos culpar apenas as crianças por suas atitudes e pela falta de oportunidade de ser criança, a culpa, muitas vezes, é dos pais.


Afinal de contas, um smartphone resolve tudo: choro, mal humor, dá liberdade aos pais fazerem o que querem sem se preocupar no que os filhos estão fazendo, afinal, estão no smartphone!


Possibilita que adultos jantem em restaurantes sem se preocupar onde o filho está e o que está “aprontando”…


E de vez em quando, em momentos como estes, vamos tirar uma foto e postar nas redes sociais – “jantar em família”, apenas para manter os bons costumes e fingir que realmente houve uma reunião em família.


Isso sem contar quando o restante da família não usa da mesma moeda durante os encontros familiares. Cada um na sua vida, cada um na sua tela, e por obrigação, sentados em um local comum – a mesa de jantar.


Qual infância queremos para nossas crianças?

Não queremos que as crianças de hoje tenham a infância que nossos pais ou avós tiveram, mas algumas atividades que, obrigatoriamente, deveriam fazer parte da infância, infelizmente vemos que não fazem mais… quer um exemplo?


Uma criança de 9 anos que nunca andou de bicicleta, mas tem um iPhone 5C e um Mini iPad.


Qual infância queremos para nossas crianças?

Qual infância queremos para nossas crianças?

Talvez “a fase da infância” tenha mudado de objetivo. E é uma pena que atualmente tudo o que fazíamos na infância é considerado um absurdo.

Pena que a infância de hoje, não permita mais experiências da nossa infância como:

Tocar a campainha do vizinho e sair correndo para se esconder com os amigos, quebrar alguma coisa em casa e pensar em um plano mirabolante para sua mãe não descobrir, e quando meno se percebe, ela descobre e dá-lhe bronca, brincar na rua ou ficar na escola até mais tarde com os amigos sem fazer nada…


Correr no corredor da escola que nem um alucinado, levar bronca da professora com direito a bilhete, esquecer a lição de casa e fazer tudo correndo para entregar a tempo sentado no chão do corredor da sala de aula…


Comer todas as besteiras existentes e nada do ramo light, diet, organico, probiótico, fit… comer batata frita com sunday, colocar litros de catchup em tudo que vê pela frente, acordar no domingo de manha e se deliciar com pizza gelada da noite anterior com refrigerante sem gás, guardar o chiclete já mascado para mais tarde papelzinho guardado no bolso da calça…


Muitos vão pensar:

“Credo, que nojo, que horror, jamais meu filho vai fazer uma coisa dessas.”


Eu penso:

“Como era bom ser criança…e se fosse hoje, ainda postava tudo nas redes sociais para minha mãe ver o que estou aprontando!”


O valor da infância, por Andréa De Angelis

Andréa De Angelis, mãe e diretora educacional da EnsinoIP, aponta o que significa viver a infância:

“A infância é, sem dúvida, a melhor fase da vida. Acredito que ela deve ser valorizada de forma a criar boas memórias, semear valores e estabelecer os laços afetivos. Estes três ingredientes serão válidos para o resto da vida. Nada pode ser mais positivo do que acessar as boas memórias da infância.

Tive a sorte de ter uma infância gostosa daquelas de brincar descalço, tomar banho de mangueira, cozinhar com plantinhas colhidas no jardim da minha avó. As broncas, as artes, as brincadeiras com a criançada da vizinhança são recordações que mantém viva a herança de onde realmente viemos.

O mundo atual estabelece muitas atribuições e o tempo é a moeda mais valiosa em nossas vidas.


Busco com minha filha, priorizar os momentos juntas com menos televisão e mais participação. Celular, tablet, e outros aparatos tecnológicos serão utilizados por eles em algum momento na vida, isso não dá para fugir.

Então por que antecipar?

Utilize como meio de comunicação e não de distração. Deixe a bateria descarregada por dias… quem sabe “esqueça” onde guardou o carregador. Estabeleça regras para o uso, pois esta missão é sua. Dê o exemplo pois as palavras não tem valor sem a ação.

Compartilhe menos na web e mais na vida real.

Compartilhe experiências, leia livros, brinque e, vez ou outra, tente segurar a insatisfação pela casa bagunçada, a sujeira pelo chão, a massinha de modelar colada no sofá. Não é sempre, pois isso seria permissividade e zêlo e capricho também fazem parte dos valores a serem ensinados.

Mas tenho cá comigo a certeza de que um dia ainda vou sentir falta de toda essa “infância” que habita nossa casa.


Autores do Post:

Andréa AngelisAndréa Angelis – Mãe e Diretora Educacional da EnsinoIP.

Andrea De Angelis – andrea@ensinoip.com.br



Renato Bongiorno Renato Bongiorno – Analista de Social Media & Web Designer.

Renato Bongiorno – contato@bongiornoweb.com.br



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Posted in Educação, Responsabilidade Social.