Os Maiores desafios do Orientador Educacional

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A realidade na vida dos Orientadores Educacionais

O Orientador Educacional têm como principal responsabilidade acompanhar o aluno em seu processo de aprendizagem e participar da seleção e organização do conteúdo que será dado ao longo do ano letivo.

Os Maiores desafios do orientador educacional

Os Maiores desafios do orientador educacional

Sabemos que suas atribuições vão muito além disso e que é muito difícil atribuir toda responsabilidade prevista em lei a um único Orientador Educacional.


Fazendo um paradoxo da Lei nº 5564 de 21.12.1968 com a realidade das escolas, a equipe de educadores da EnsinoIP chegaram as seguintes conclusões ao comparar a Lei que define as obrigações de um Orientador Educacional e o que de fato acontecem nas escolas:

A Lei para o Orientador Educacional e a Realidade nas Escolas


» Artigo 1º da Lei para o Orientador Educacional

Art. 1º Constitui o objeto da Orientação Educacional a assistência ao educando , individualmente ou em grupo, no âmbito do ensino de 1º e 2º graus, visando o desenvolvimento integral e harmonioso de sua personalidade, ordenando e integrando os elementos que exercem influência em sua formação e preparando-o para o exercício das opções básicas.


» Artigo 8º – São atribuições privativas do Orientador Educacional:

lanejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de Orientação Educacional

a) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de Orientação Educacional em nível de:

1 – Escola;

2 – Comunidade.

Ponto de vista EnsinoIP:

Sabemos que o trabalho do orientador educacional depende da vontade da equipe educacional em ajudar no bom funcionamento da escola.

A responsabilidade de implementar e fazer a escola efetivamente funcionar é um dever de todos.


b) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de Orientação Educacional dos órgãos do Serviço Público Federal, Municipal e Autárquico; das Sociedades de Economia Mista Empresas Estatais, Paraestatais e Privadas.

Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de Orientação Educacional

Ponto de vista EnsinoIP:

Se a dificuldade de se manter o plano educacional alinhado entre professores, reportar a diretoria o andamento das atividades dos professores, orientar os alunos no processo de formação humana e social já é uma tarefa difícil de ser cumprida devido ao grande volume de ações diárias, vincular outras federações e empresas privadas para atividades complementares torna o trabalho do Orientador Educacional (quando cumprido por apenas uma pessoa) ainda mais árduo.

Sabemos também que o setor privado muitas vezes não está aberto a receber propostas educacionais, quando mais atender o Orientador Educacional.


c) Coordenar a orientação vocacional do educando, incorporando-o ao processo educativo global.

Coordenar a orientação vocacional do educando, incorporando-o ao processo educativo global.

Ponto de vista EnsinoIP:

O Orientador Educacional deve colaborar com a orientação vocacional do educando, no entanto os pais e o tipo de convívio do aluno têm uma influência determinante no processo educativo e vocacional do aluno.


d) Coordenar o processo de sondagem de interesses, aptidões e habilidades do educando.

e) Coordenar o processo de informação educacional e profissional com vista à orientação vocacional.

Coordenar o processo de informação educacional e profissional com vista à orientação vocacional

Ponto de vista EnsinoIP:

Para que isso aconteça é preciso que o aluno compreenda a importância e os benefícios que a parceria com o orientador educacional pode gerar em seu processo de aprendizagem.

Para isso é preciso fortalecer a figura do orientador no âmbito escolar.


f) Sistematizar o processo de intercâmbio das informações necessárias ao conhecimento global do educando.

Sistematizar o processo de intercâmbio das informações necessárias ao conhecimento global do educando

Ponto de vista EnsinoIP:

Atualmente o Orientador Educacional fica em uma situação delicada quando assume a responsabilidade de intercambiar informações que sejam necessárias ao educando.

Com o avanço da tecnologia e o aumento do uso da Internet em dispositivos móveis, se o professor em parceria com o orientador educacional não determinarem um conteúdo que chame mais atenção do que as informações disponíveis nas redes sociais, certamente o intercâmbio das informações ficará a cargo da Internet, e não do orientador educacional.


g) Sistematizar o processo de acompanhamento dos alunos, encaminhando a outros especialistas aqueles que exigirem assistência especial.

h) Coordenar o acompanhamento pós-escolar.

Sistematizar o processo de acompanhamento dos alunos, encaminhando a outros especialistas aqueles que exigirem assistência especial

Ponto de vista EnsinoIP:

Para que isso aconteça de forma plena é preciso que ele tenha ferramentas e suporte da escola e família.


i) Ministrar disciplinas de Teoria e Prática da Orientação Educacional, satisfeitas as exigências da legislação específica do ensino.

j) Supervisionar estágios na área da Orientação Educacional.

l) Emitir pareceres sobre matéria concernente à Orientação Educacional.

Ministrar disciplinas de Teoria e Prática da Orientação Educacional, satisfeitas as exigências da legislação específica do ensino.

Ponto de vista EnsinoIP:

Infelizmente sabemos que em muitas escolas, o estágio “supervisionado” é deixado em segundo plano. Em diversas ocasiões, os estudantes que fazem estágios nas escolas apenas tem o interesse em cumprir a carga horária mínima exigida pelo curso e procura não se envolver com os processos educacionais e administrativos da escola.

No caso do estágio supervisionado, o interesse precisa partir de quem está se profissionalizando, e não atribuir toda responsabilidade ao Orientador Educacional.


Art. 9º Compete, ainda, ao Orientador Educacional as seguintes atribuições:

a) Participar no processo de identificação das características básicas da comunidade;

Participar no processo de identificação das características básicas da comunidade

Ponto de vista EnsinoIP:

Se já é muito complicado ao Orientador Educacional definir a identidade da comunidade escolar em que atua, definir as “características básicas” do ambiente externo a instituição é ainda mais complicado.

O primeiro ponto a ser definido aqui é – Quais são as características básicas de uma comunidade? Quais fontes o Orientador Educacional deve consultar, além de realizar o processo em campo conversando com pais e demais pessoas que frequentam os arredores do ambiente escolar?


b) Participar no processo de caracterização da clientela escolar;

 Participar no processo de caracterização da clientela escolar

Ponto de vista EnsinoIP:

Quando o orientador é inserido neste processo, a escola passa a possuir uma identidade forte e reconhece com maior facilidade fatores que viabilizam ou não o ingresso e permanência de alunos em seu corpo discente.

Porém é rara a participação do orientador na caracterização da clientela escolar, visto que a maioria dos diretores ou administradores compreende que é uma tarefa que não compete a orientação educacional. Entretanto, a pergunta que se faz é: se o orientador não participa da definição da clientela, como poderá compreender plenamente o perfil daqueles com quem atuará no dia a dia, ou seja, pais e alunos?


c) Participar no processo de elaboração do currículo pleno da escola;

Participar no processo de elaboração do currículo pleno da escola

Ponto de vista EnsinoIP:

Muitas ideias neste processo muitas vezes são “barradas” pela escola devido a falta de visão e investimento no conhecimento.

Um Orientador Educacional precisa estar atualizado com as novas tecnologias e vivenciar a geração dos seus alunos para elaborar um currículo escolar cada vez mais atualizado e de acordo com cada geração.

É importante que o Orientador Educacional e parceria com professores e demais educadores conheçam softwares, Apps, games, redes sociais e tendências tecnológicas vivenciadas pelos seus alunos para adequar este conteúdo à grade curricular.

Uma grade curricular atualizada com as novas tecnologias irá garantir a satisfação dos alunos e consequentemente de seus pais, bem como a imagem inovadora da escola e de seus profissionais.


d) Participar na composição caracterização e acompanhamento de turmas e grupos;

Participar na composição caracterização e acompanhamento de turmas e grupos;

Ponto de vista EnsinoIP:

Nesta atividade o envolvimento e o trabalho em equipe dos professores com o Orientador Educacional é determinante para ser concretizada e infelizmente sabemos que em muitos ambientes educacionais a sinergia entre os profissionais não acontece de forma natural e positiva.

É comum termos cenários de professores definindo turmas e grupos sem ao menos comunicar o Orientador Educacional, e muitas vezes, o Orientador Educacional impõe situações para o professor realizar em sala de aula, sem ao menos pedir sua opinião, resultando em frustração entre alunos e professores.


e) Participar do processo de avaliação e recuperação dos alunos;

Participar do processo de avaliação e recuperação dos alunos

Ponto de vista EnsinoIP:

Em muitos casos o docente é parceiro do orientador educacional o que faz com que este tenha um papel importante na avaliação e recuperação de alunos. Entretanto, em muitos casos, é comum que o professor não exponha dificuldades ou solicite auxílio, dificultando a efetiva presença do orientador.


f) Participar do processo de encaminhamento dos alunos estagiários;

g) Participar no processo de integração escola-família-comunidade;

Participar no processo de integração escola-família-comunidade

Ponto de vista EnsinoIP:

O desenvolvimento sociocultural dos pais e da comunidade está totalmente relacionado com a sua participação no desenvolvimento educação de seus filhos.

Infelizmente muitos pais não se envolvem o suficiente à educação dos filhos servindo como apoio ao Orientador Educacional, que acaba ficando sem condições de posicionar aos pais a situação no aprendizado e os problemas comportamentais que o aluno vem enfrentando.

A falta de participação dos pais com a escola é um fator que dificulta ao Orientador Educacional tomar medidas socioeducativas na formação de seus alunos. Sem compreender corretamente o ambiente familiar vivenciado pelo aluno, as medidas de educação social e de orientação vocacional ficam limitadas ao Orientador Educacional.

Sabemos que o a base da educação dos alunos deve vir de casa. Como diz o velho ditado: “O exemplo vem de casa….”


h) Realizar estudos e pesquisas na área da Orientação Educacional.

Realizar estudos e pesquisas na área da Orientação Educacional

Ponto de vista EnsinoIP:

Sabemos que o desenvolvimento de cada profissional depende de sua motivação pessoal em crescer e se destacar. No entanto nos ambientes educacionais muitas vezes falta a prática do treinamento em grupo onde o espírito de equipe pode motivar os envolvidos a se especializarem cada vez mais.

No entanto, fatores como a falta de planejamento da escola em oferecer aos profissionais oportunidades de participar de seminários e realizarem cursos (internos ou externos), a excessiva carga de trabalho, a falta de integração entre os profissionais e se o profissional não enxergar possibilidade de crescimento, podem desmotivar o Orientador Educacional e outros profissionais a se qualificarem.

Nosso principal objetivo aqui é retratar uma realidade muitas vezes não exposta às pessoas que se encontram fora do ambiente escolar, e que por falta de conhecimento acabam sobrecarregando o Orientador Educacional sobre certas responsabilidades que fogem da sua tomada de decisão.

Você como pai, professor ou orientador educacional, concorda com nosso ponto de vista?


Autores do Post:

Andréa AngelisAndréa Angelis – Mãe e Diretora Educacional da EnsinoIP. Fundadora da empresa há mais de 16 anos.

Andrea Angelis – andrea@ensinoip.com.br



Renato Bongiorno Renato Bongiorno – Analista de Social Media & Web Designer. Professor de Tecnologias Web e Palestrante.

Renato Bongiorno – contato@bongiornoweb.com.br




Fonte: Presidência da República Casa Civil – Lei nº 5.564, de 21 de dezembro de 1968


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Posted in Educação.